Hemorroidas, as famosas! Quem não conhece alguém que tenha ou você mesmo, não é verdade? Leia com atenção e vamos aos fatos.
Hemorroidas são veias ao redor do ânus ou do reto que se inflamam ou dilatam.
Os principais motivos para o aparecimento da doença hemorroidária são: constipação, gravidez, obesidade, alimentação, predisposição genética /hereditária e estilo de vida.
As hemorroidas podem ser externas, localizadas na borda do ânus e diagnosticadas com o exame físico, ou internas que são geralmente diagnosticadas com o exame da anuscopia.
Elas podem ser classificadas de acordo com os sintomas do paciente em:
A maioria das hemorroidas possuem boa resposta ao tratamento clínico com medicações para dor e para circulação sanguínea, pomadas específicas para o problema e mudanças comportamentais.
Ter um bom funcionamento intestinal ingerindo mais água e fibras, evitar o uso do papel higiênico, evitar de pegar muito peso, evitar o esforço intenso para evacuar e evitar alguns alimentos irritativos para a mucosa do intestino são medidas altamente eficazes.
Condimentos, excesso de cafeína, chocolate e bebida alcoólica não desenvolvem a doença mas pioram os sintomas de quem já possui hemorroidas.
A trombose hemorroidária ocorre quando o sangue coagula dentro do vaso da hemorroida deixando ela endurecida e de coloração escura.
Acontecem principalmente nas hemorroidas externas e o paciente apresenta dor intensa que deve ser tratada com urgência.
Antigamente todos os pacientes eram submetidos a procedimentos invasivos de trombectomia ou cirurgia de hemorroidectomia.
Atualmente a preferência é pelo tratamento clínico com analgésicos, pomadas, venotônicos, banho de assentos, principalmente após 48 horas do início dos sintomas.
Geralmente a resolução da dor e do inchaço é completa e não é necessário submeter o paciente aos riscos e possíveis complicações de uma cirurgia.
Os tratamentos invasivos são indicados quando os pacientes não apresentam melhora dos sintomas com as mudanças comportamentais e uso dos medicamento (independente do grau) e quando, ao diagnóstico, já possuem hemorroidas grau 4.
Atualmente temos diversas técnicas para tratamento invasivo da hemorroida e os principais são:
É considerada um método minimamente invasivo (feito no próprio consultório) que induz a isquemia, fibrose e fixação das hemorroidas internas.
Durante o procedimento um elástico é introduzido no ânus através de uma pinça e é liberado na base da hemorroida.
Apresenta como vantagens: menor dor, simplicidade de execução (realização ambulatorial sem necessidade de anestesia) e é considerado um método eficaz, principalmente nas hemorroidas grau II apresentando 70% de resposta.
Tem como desvantagens: tenesmo (sensação de peso no reto e vontade de evacuar), sangramento anal, fissura anal, abcessos, retenção urinária.
Diversas sessões podem ser necessárias para resolução do problema.
Com o intuito de diminuir o desconforto do paciente é recomendado que o procedimento seja feito de preferência a cada 15 dias e em 1 ou 2 mamilos hemorroidários por vez.
Esse tratamento não serve para hemorroidas externas.
Consiste na retirada da hemorroida com um corte que se estende da borda no ânus até uns 3- 4 cm em direção ao reto onde é feita a ligadura da base do vaso hemorroidário com um fio cirúrgico absorvível (não precisa ser retirado no pós operatório).
(técnica de Milligan Morgan)
É indicada principalmente nos pacientes com hemorroidas grau 3 e 4 ou que possuem componentes externos volumosos (plicomas residuais/ excesso de pele).
A musculatura esfincteriana é sempre preservada evitando a complicação da incontinência.
No pós operatório a ferida fica aberta e a cicatrização ocorre por segunda intenção (de dentro para fora).
O principal problema é a dor mas ainda é considerada a técnica com melhores resultados a longo prazo.
Em média a dor mais intensa melhora entre 7 a 10 dias, porém outros sintomas como sangramento, ardência, coceira, saída de secreção podem permanecer até o fechamento total da ferida (em média 1 a 3 meses).
A mesma cirurgia pode ter a ferida fechada (técnica de Ferguson) não havendo grandes diferenças nos resultados finais e nas complicações.
(PPH ou EEA) – cirurgia considerada menos dolorosa por não haver cortes.
É realizada com a introdução de um grampeador na região anal que irá retirar o excesso de mucosa fixando as hemorroidas na suas posições originais.
O grampo é de material cirúrgico que caem ou são embutidos pela mucosa com o passar do tempo.
Apesar de mais indolor, pela ausência de cortes, esta técnica também apresenta riscos como: intenso tenesmo (sensação de peso no reto e vontade de evacuar), sangramentos intra e pós operatório, retenção urinaria, abscessos, estenoses e é contra indicada para pacientes que realizam sexo anal.
Os sintomas pós operatórios costumam passar mais rápido permitindo o retorno precoce do paciente as suas atividades.
Geralmente não possui benefício em pacientes com grandes componentes externos associados.
Consiste na identificação de todos os vasos hemorroidários por um ultrassom doppler e a realização de suas ligaduras e fixações com pontos contínuos e absorvíveis.
Como também não existe corte, a recuperação do paciente costuma ser mais rápida que a técnica tradicional.
É importante lembrar que nenhuma técnica é livre de riscos e geralmente os pacientes apresentam sintomas de tenesmo dependendo da quantidade de hemorroidas presentes.
Mas e agora qual técnica escolher?
É muito importante você se lembrar que nenhuma técnica será totalmente livre de sintomas, que atualmente temos bons remédios que ajudam a aliviar a recuperação e que seu médico saberá oferecer a melhor técnica para seu caso buscando sempre melhores resultados de acordo com a suas expectativas e queixas.
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Dra. Marcella Sousa CRM-SP 148489
É coloproctologista e cirurgiã pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Possui título de especialista pela associação médica brasileira e pela sociedade brasileira de coloproctologia. Atua em São Paulo desde 2015 auxiliando pacientes da rede privada e do SUS nas diversas áreas da especialidade. Tem como objetivo em seus atendimentos, além da ciência e atualização, proporcionar um ambiente com muita tranquilidade, confiança e empatia durante as consultas.
Endereço da clínica:
Av. Dr Cardoso de Melo 1666. conj. 12 – 1 andar
São Paulo – Vila Olímpia. CEP: 04548- 000
Telefone: (11) 23728235
Consulta Coloproctologista em São Paulo
Não sinta vergonha ou medo de se consultar com o proctologista, mas como em qualquer outra área da saúde, o profissional nunca vai julgar ou desprezar a doença do paciente.
Já sabe quando procurar um Coloproctologista?
É comum que as pessoas procurem um gastroenterologista ou clínico geral ao se deparar com problemas no intestino, mas o proctologista é o especialista na área. As doenças no intestino, reto ou ânus que são mais frequentemente tratadas por ele são: fissuras anais; hemorroidas e incontinência anal; doença de Crohn; infecções intestinais; câncer no intestino grosso e reto; inflamações como retocolite e diverticulite; diarreias ou constipações crônicas; tumores benignos; síndrome do intestino irritável; doenças sexualmente transmissíveis no reto ou ânus.
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