O que é Colostomia?

Os estomas intestinais consistem na exteriotização de um pedaço do intestino pela parede abdominal. São realizados quando existe algum problema que não permite que as fezes percorram por todo intestino naturalmente.

As principais indicações são:

  • câncer de intestino, principalmente os mais próximos da região do ânus.
  • doenças inflamatórias intestinais complicadas (retocolite e crohn).
  • cirurgias de urgência como acidentes (traumas) com lesões de alças intestinais ou quando há contaminação da cavidade abdominal devido infecções complicadas que podem acontecer nas apendicites e diverticulites.
  • fistulas (comunicação) do intestino com orgãos como bexiga e vagina.

As colostomias ou ileostomias podem ser temporárias ou definitivas, ter 1 ou duas “bocas”.

colostomia-indicacoes

Os principais cuidados com a colostomia incluem:

  • Observar com frequência a estomia, visando identificar precocemente alterações repentinas no tamanho, coloração, diâmetro, protuberância, descolamento entre a estomia e a pele;
  • Observar alteração na frequência intestinal;
  • Higiene local com água e sabonete neutro;
  • Uso correto do equipamento coletor (bolsinha), a fim de se evitar complicações na pele ao redor e com isso, dificultar a aderência do equipamento;
  • Esvaziar o equipamento coletor sempre que atingir ⅓ (cerca de 3 dedos) da sua capacidade;
  • Uso de adjuvantes para minimizar os odores dos gases;
  • Realizar a troca do equipamento coletor até no máximo 06 dias, ou imediatamente na iminência de vazamento;
  • Ao sair de casa levar sempre o kit emergência (placa pré cortada e bolsa), material para limpeza, além de adjuvantes se fizer uso;
  • Importante procurar por um estomaterapeuta ou médico sempre que identificar alterações na estomia (tamanho, coloração, protuberância, descolamento entre a estomia e pele) e/ou pele ao redor (vermelhidão, coceira, bolhas, feridas, dor). Além de alteração importante na frequência intestinal;

A troca do equipamento coletor deve ser programada.

Reserve um período do dia para realizar a troca.

Dê preferência, ao momento de menor funcionamento intestinal.

Para troca, é importante separar os materiais necessários, como:

  • Medidor do estoma.
  • Tesoura com ponta arredondada.
  • Água e sabão.
  • Gaze ou pano macio
  • Placa adesiva.
  • Bolsa coletora.
  • Pinça para fechar a bolsa.

Passo a passo para troca do equipamento coletor:

  • Retire delicadamente a placa no banho ou com a ajuda de um pano umedecido;
  • Limpe e seque bem a pele ao redor do estoma;
  • Utilize o medidor de estomas para saber o tamanho exato do seu estoma;
  • Desenhe o molde do estoma no verso da placa;
  • Recorte a placa;
  • O recorte da base adesiva (placa) não deve ser maior do que 2 a 3mm, nem justo ao estoma;
  • Lembre-se de retirar o papel do verso da placa;
  • Coloque a placa sobre a pele realizando movimentos circulares no interior da placa para facilitar a fixação;
  • Coloque a parte inferior do aro da bolsa em contato com a parte inferior da placa;
  • Dobre a abertura da bolsa ao redor da pinça de fechamento e feche-a;

Onde obter os equipamentos coletores e adjuvantes?

  • Postos de Saúde e Hospitais das Prefeituras.
  • Polos de distribuição: São centros de atenção às pessoas com estomia. É formado por uma equipe multidisciplinar. Neste centro, além das orientações voltadas ao cuidado emocional e físico, há distribuição do equipamentos coletores e adjuvantes. Para isso, é necessário cadastro.
  • Lojas de produtos médicos

Direitos da pessoa com estomia:

Portaria nº 400, SAS/MS de 16/11/2009; visa à prestação de assistência especializada, de natureza interdisciplinar, às pessoas com estoma, cuidadores e/ou familiares, objetivando sua reabilitação, com ênfase na orientação para o autocuidado, realização das atividades de vida diária e prevenção de complicações nas estomias. Além disso, garante o acesso aos equipamentos coletores e adjuvantes de proteção e segurança.

Lei nº 12.738/12, de 30/11/2012; torna obrigatório o fornecimento de bolsas de colostomia, ileostomia e urostomia, de coletor de urina e de sonda vesical pelos planos privados de assistência à saúde.

– ANS – Resolução Normativa RN Nº 338, de 21 de outubro de 2013
– ANS – Agencia Nacional de Saúde – telefone: 0800 701 9656
– OUVIDORIA SUS: TELEFONE 136

Todo apoio psicológico e técnico deve ser ofertado por uma equipe multidisciplinar.

Quando inevitável, devemos ajudar o paciente a conviver com a colostomia da melhor forma possível!

A @abraso_assoc é a Associação Brasileira de Ostomizados e tem grupos em todas as regiões do país.

Para saber mais, confira o Instagram da @enfliliannogueira especialista em estomas.

Separamos dois vídeos da Lorena Eltz que tem um Canal no Youtube.

Um canal que acredita na diversidade e representatividade de pessoas que se sentem invisibilizadas.

Mais informações:

Enf. Lilian Nogueira
COREN-SP 337.986
Estomaterapeuta
Av Angélica, 2491 – 9°andar , Higienópolis
Tel: (11) 98083.3439

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Dra. Marcella Sousa CRM-SP 148489

É coloproctologista e cirurgiã pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Possui título de especialista pela associação médica brasileira e pela sociedade brasileira de coloproctologia. Atua em São Paulo desde 2015 auxiliando pacientes da rede privada e do SUS nas diversas áreas da especialidade. Tem como objetivo em seus atendimentos, além da ciência e atualização, proporcionar um ambiente com muita tranquilidade, confiança e empatia durante as consultas.

Marcella Guilherme Carolino de Sousa - Doctoralia.com.br
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